17 de dezembro de 2015

ZG POP : O MBT do lado negro da força


Primeira aparição do blindado no filme

Amamos tanques, e também parece que amamos Star Wars (imagina?! sério?!). Então trazemos aos senhores um ZG POP especial no embalo do lançamento do Star Wars-O Despertar da Força com um review um tanto diferente: Blindado AAT do filme "Epsódio 1 - A Ameaça Fantasma", veiculo de batalha utilizado para engajamentos contra os Jedis.

Conceito e fabricação

Desenhado e construído pela indústria de blindados Baktoid para o exército secreto da Federação do Comércio, carrega uma tripulação interna de até 4 droids para combate. Presenteando o inimigo com uma blindagem e armamentos pesados de fogo de assalto que consiste em 5 canhões de energia (pew pew pew) e 6 lançadores de cápsulas de energia. O design foi feito com base em linhas formais de batalha e por isso é EXTREMAMENTE bem blindado na frente. Isso o deixa com a capacidade de combate em linhas de frente muito boas e como sua frente é feita de Blindagem sólida, faz com que quebre paredes sem nenhum tipo de problema.

Trívia: Todos os canhões de laser ou baterias são autoloaders em sistema de cinta simples de munição. Uma vez gasta, não pode ser recarregada do lado de dentro, apenas em estações mecânicas seriam reparados e recarregados com entradas pra munição embaixo do AAT.
Esquema avançado de um AAT da Federação

Não passa de um protótipo ?

Pois é rapaz, aqui voce não vai ver aquela classica frase do WOT: "nunca viu combate". Ele entrou em produção em massa e seu primeiro engajamento em combate em NABOO. Mesmo sendo o primeiro combate REAL, os tanques passaram por vários e vários meses (terrestres) de constantes treinos e simulações de combate, o que faz com que note-se desgastes neles de tempo e uso.


Um tanque sem... esteiras ?

motor ou reator de um blindado tipo HOVER
Sim senhores, o AAT da federação é movido por um reator que fica localizado na parte de trás do veículo, muito bem protegido dois repulsores de capacidade máxima para que ninguém chegue perto. O reator é responsável pela energia consumida por comunicações, locomoção e até mesmo mecanismo de disparo do tanque.






Capsulas e balas de energia

HE / AP / Anti-pessoal
O nosso AAT, por incrível que pareça usa balas assim como os nossos, AP, HE e uma espécie de APCR, porém o que faz com que elas pareçam meros tiros de laser ? simples, ao sair dos canhões as balas são ungidas em plasma de alta energia, isso faz com que não ocorra a perda do poder de penetração e aumentam a velocidade do projétil.



Ficha técnica:
Design e construção: Fabricante de armamentos Baktoid
Nome: AAT (armored assault vehicle: Blindado de assalto)
Comprimento: 9,75 m
Velocidade máxima: 55 km/h
Tripulação: Comandante, piloto e dois atiradores. (todos droids)
Armamento: 1 Canhão de laser primário, dois lasers laterais do tipo "range finder", duas baterias laterais anti-pessoal, (robo ou qualquer coisa q se aproximasse) e 6 lançadores de cápsulas de energia.

Isso é tudo que conseguimos da galáxia tão tão distante... afinal, não é fácil espionar o lado negro da Força. Quem sabe da próxima vez não tentamos trazer um sabre de luz para sorteio ;)
Que a força esteja com vocês!
#ThirdShotCharm

7 de dezembro de 2015

Zoeira na História: Os pesados de Stalin


Motivado pelo na Trilha dessa semana com o IS4, sai numa missão de descobrir mais sobre esse gigante de aço e seus antecessores. Senhores, hoje lhes apresento o pesado russo Iosef Stalin, o famoso IS e seus descendentes.



IS4 no World of Tanks, estrela do Na Trilha de Dezembro


KV-1 na linha de tiro

Kliment Voroshilov, o KV-1. em exposição em Kirovsk, Leningrado.

O ano era 1941 e o KV-1 era duramente criticado por suas tripulações por conta da sua mobilidade ruim e canhão de baixo calibre, não muito melhor que o T-34 tanque médio. Era também muito mais caro produzir o KV-1 do que o T-34. Isso levou o Exército Vermelho a pedir que as linhas de produção de KV-1 fossem transformadas em linhas de produção de T-34, o que alimentou os temores de que KV-1 seria interrompido. Em 1942, este problema foi parcialmente resolvido pelo mais leve e mais rápido KV-1S. Mas a produção dos “1S” foi gradualmente substituído pela de SU-152 e terminou completamente em abril de 1943. No entanto, a captura de um Tiger alemão em janeiro de 1943 resultou na decisão de desenvolver um novo tanque pesado, que foi dado o nome Object 237.



IS-85 Prototipo (IS-1)
No verão de 1943, enquanto o Object 237 ainda estava em desenvolvimento, o Exército Vermelho requisitou a criação de um substituto ao KV-1. Armado com um canhão derivado do SU-85, a 85 milímetros D-T5, o KV-85 que se mostrou capaz de penetrar o Tiger I a partir de 1000 metros. Indústria soviética foi, portanto, capaz de produzir um tanque pesado igualmente bem armado como o Tiger I antes do final de 1943. Após um curto ciclo de produção de 148 KV-85, o protótipo Objekt 237 foi aceito para a produção em massa e renomeado em homenagem ao Josef Stalin, Iosef em russo, adquirindo as iniciais IS mais o calibre do canhão, tornando-se o tanque pesado IS-85. As primeiras entregas foram feitas em outubro de 1943 e imediatamente entrou em serviço. Mais tarde a sua designação foi simplificada para IS-1 e logo depois uma versão com canhão de 122mm, chamado de IS-122 foi rebatizado como IS-2.


O começo de um legado

 
O protótipo IS-122 substituiu o IS-85 quando alguns desses veículos tiveram seus canhões retirados para reaproveitamento no médio T-34-85. Todos os IS receberam, então, o canhão de 122mm A-19, saindo da fábrica como IS2. Ele era um pouco mais leve e mais rápido do que o mais pesado modelo KV de 1942, com blindagem frontal mais espessa e um design da torre mais moderno. O IS-2 pesava um pouco menos que um Panther e muito mais leve que o Tiger, além do perfil ligeiramente mais baixo do que qualquer um outro. Posteriormente, com a modernização pós-1944, a parte dianteira do chassi, que era em camadas, foi substituída por uma única placa de 120 mm de espessura a um ângulo de 60 graus, ganhando a designação oficial soviética de IS-2M. Outras pequenas atualizações incluíram um mantelete maior e metralhadora antiaérea. Em meados dos anos 1950, os restantes IS-2(na maior parte do modelo 1944) foram atualizados para IS-2 M, onde ganhou alguns acessórios tais como tanques de combustível externos.
IS2 com canhão 122mm A-19


IS-2M no Museu de Tanques de Kubinka

 

IS3 em apresentação pública no Museu Técnico Militar de Lešany
Versões e variações da linha IS foram muitas, assim como foram muitos os protótipos que não saíram do papel. Mas alguns se tornaram notáveis e merecem todo o destaque. Entre eles o IS3. Existem dois tanques conhecidos como IS-3. IS-3 (Objekt 244) foi um IS-2 rearmado com o canhão 85 milímetros de cano longo (D-T5-85-BM). IS-3 (Object 703) foi desenvolvido no final de 1944. Este tanque tinha um layout melhorado blindagem e uma torre semi-hemisférica, que se tornou a marca registrada de tanques soviéticos pós-guerra. Essa torre acabou limitando a depressão máxima do canhão principal, uma vez que a culatra tinha pouco espaço dentro da torre para girar sobre seu eixo vertical.  



IS3-M em exposição no Museu da História Militar de Snegiri
Como resultado, o IS-3 era menos capaz de tirar proveito do “hull down”, diferente dos tanques ocidentais. A inconfundível proa pontiaguda do IS-3 ganhou o apelido Shchuka(flecha) por suas tripulações. A produção de guerra resultou em muitos problemas mecânicos e as linhas de solda do casco tinham uma tendência a se abrir. A partir de 1960, o IS-3 foi ligeiramente modernizado como o SER-3M, de um modo semelhante ao do IS-2M.

 

IS4

Objekt 245
Existem 2 tanques diferentes conhecidos como IS-4. O Objekt 245 foi um IS-2 rearmado com uma longa 100 milímetros D-10T canhão. O outro foi projetado em paralelo com o IS-3 (Objekt 703) pelo mesmo escritório de design e desenvolvimento. Para este IS-4 (Objekt 248), o chassi do IS-2 foi alongado, com um conjunto extra de rodas adicionados e um motor melhorado. Ambas blindagems, do chassi e da torre, foram aumentadas. 



Objekt 248
Vários canhões alternativos foram explorados, mas o canhão de 122 milímetros d o IS-2 foi mantido. Finalmente, o IS4 foi aprovado para produção em massa 1947-1949, mas evido à velocidade decepcionante e mobilidade limitada, apenas 250 foram construídos. A maioria destes foram transferidos para o Extremo Oriente russo. Em 1949, a produção foi cancelada e, posteriormente, estes tanques foram retirados de serviço.







Objekt 253
IS6
Já o IS6, conhecido também como Objekt 253, foi uma tentativa de desenvolver um sistema de transmissão elétrica para tanques pesados. Sistemas similares tinham sido testados anteriormente na França e nos Estados Unidos e tinha sido usada com algum sucesso no alemão Elefant/Ferdinand durante a Segunda Guerra Mundial. A transmissão experimental provou confiável mas estava perigosamente propensa a superaquecimento. A alternativa Objekt 252 compartilhavam o mesmo casco e torre, mas usou uma suspensão diferente sem rolos de retorno e uma transmissão mecânica convencional. O projeto foi considerado como não oferecer vantagens significativas sobre o IS-2, e o projeto IS-6 foi interrompido.


 

 

IS7

IS-7 no rigoroso inverno siberiano

 Em 1948, o tanque pesado IS-7 foi desenvolvido. Pesando 68 toneladas, densamente blindado e armado com um canhão de 130mm S-70 de carregamento automático, foi o maior e mais pesado membro da família. Apesar do seu peso, era fácil de conduzir devido a inúmeras assistências hidráulicas. Os carregadores aprovaram o IS-7 por ser confortável e o carregador automático era fácil de usar. Ele também foi capaz de alcançar uma velocidade máxima de 60 km / h, graças a um motor de 1.050. Sua blindagem só não era páreo apenas ao canhão de 12.8cm do JAGDTIGER. Devido às razões desconhecidas, provavelmente por causa das questões logísticas de matéria prima, o tanque nunca alcançou as linhas de produção.





O fim de uma lenda e o legado deixado

T-10 em exposição no Museu Nacional da Segunda Guerra de Kiev

O IS-10 (também conhecido como Objekt 730) foi o desenvolvimento final da série IS. Entrou em serviço em 1952 como o IS-10, mas devido ao
clima político na sequência da morte de Stalin em 1953, o blindado foi renomeada T-10. As maiores diferenças de seu ancestral direto, o IS-3, foram um casco mais longo, sete pares de rodas em vez de seis, uma torre maior com um canhão mais eficiente, em melhor motor diesel, e aumento da blindagem. Desempenho geral foi semelhante, embora a T-10 poderia carregar mais munição.




Este foi o último tanque pesado soviético para entrar em serviço a ser projetado antes da introdução do avançado MBT T-64.

E com esse desfecho, fico por aqui com mais um Zoeira na História. Aproveito e convido vocês para participar da votação em nosso blog sobre qual veículo vamos falar nas próximas edições. Até a próxima!


Qapla'

#alegetbrz




 



23 de novembro de 2015

Zoeira na História: o Super Sherman



Muitos já ouviram falar do Super Pershing, famoso na história e no World of Tanks. O que garanto que ninguém ainda ouviu falar é do Super Sherman. Então resolvi acabar com essa "injustiça" e apresentar pra vocês o Super Sherman, ou projeto M50/M51.



Tem para todos os gostos

M10 Achilles no museu israelense de Latrun
Impossível falar do Super sem lembrar do básico. O M4 Sherman é um daqueles projetos que rendem uma quantidade imensa de variantes, todas utilizando o mesmo projeto de chassi. Segue a lista: M4 Firefly, Sherman Super Jumbo, Sherman Easy8, M10 Wolverine, M10 Achilles, M36 Jackson, M7 Priest, M12, M43, MMC94, Sexton, M4 Crocodile, T34 Calliope, Sherman Rocket Launcher, M32&M74 Tank Recovery, Sherman DD(anfibio), M1A1 Dozer, T1E3 Mine Roler, M34/35 Artillery Tractor… ufa! A lista segue extensa, isso só nas variantes americanas sem contar as variantes de outros 54 países, incluindo o Brasil, o que torna um dos projetos mais bem sucedidos da história dos blindados.
 
 
Diferenças entre o Chassi M4A1, M4A2 e M4A3


Je suis Super Sherman!

O projeto do Super Sherman nasceu de duas situações: Franceses experimentando novos usos às centenas de chassis de Sherman espalhados pelo país e Israelenses necessitando de uma defesa blindada efetiva ao país recém criado. Então, em meados déc de 1950, uma delegação israelense visitou a França para examinar o novo projeto francês: o AMX 13. Na ocasião o veículo era armado com um canhão de alta velocidade de 75mm (CN 75-50). Enquanto a arma era satisfatória, a blindagem do tanque francês foi considerada muito leve. Eventualmente, Israel comprou o AMX 13 mas acabou enxertando o canhão francês em um chassi de M4 Sherman. Nascia o primeiro protótipo do M50. 
M-50 "Cummins" com canhão CN 75-50
 
Em 1955 uma torre protótipo foi enviado da França para Israel. O canhão ficou conhecido em Israel como o H-50 e como um resultado o Sherman "OP" foi designado como Sherman M-50. O M-50 era semelhante ao Sherman Firefly, que tinha a torre original menor. Os primeiros M-50 foram baseadas no chassi M4A4, tinha um motor Continental R-975 a gasolina e suspensão VVSS. Mas o aumento de peso efetivo do veículo causava muito desgaste no motor/suspensão e somente 50 unidades tiveram essa configuração. Posteriormente o motor foi substituído pelo Cummins V-8 de 460 cavalos (340 kW) movido à diesel. Essa versão ficou conhecida como M-50 Cummins. No total, cerca de 300 M-50s foram construídos até 1964.

Vistas do M-50 com canhão 75mm francês e torre pequena

O Super ficou muito mais super.

No começo de 1960, os israelenses estavam satisfeitos com seu exclusivo M-50, mas queriam muito mais poder de fogo. Então, novamente, recorreram aos amigos franceses e no começo de 1962, 180 tanques Sherman receberam o ainda mais poderoso canhão francês Modèle F1 D1504 L/51, de 105mm. Assim nascia o M-51, conhecido pelo mundo por M-51 Isherman ou pelos jogadores de World of Tanks como M4A1 Revalorisé. Entre as modificações, o canhão teve seu comprimento reduzido de 56 para 44 calibres e equipado com um freio de boca; munições foram alteradas para utilizar um cartucho menor. Além do canhão, o M51 Isherman utilizava chassi M4A1 e torres T23. Todos os tanques foram equipados com motores diesel Cummins e suspensão HVSS. O tanque foi exibido ao público pela primeira vez durante o Dia da Independência Israelense em 1965.

M-51 Isherman ou M4A1 Revalorisé: Chassi M4A1 com um poderoso canhão francês de 105mm.

Botando a criança pra brincar.

Os primeiros 25 M-50s foram concluídos a tempo para a Operação Kadesh, a invasão israelense do Sinai contra o Exército egípcio. Curiosamente, os egípcios também tinha sua versão do Sherman com canhão francês. Era quase idêntico ao M-50, com a diferença que além do canhão do AMX-13 ele também usava a torre do veículo leve francês. 

M4A4 egípcio com a torre oscilante FL-10.

Tanto o M-50 quanto M-51 viram combate na Guerra dos Seis Dias, muitas vezes lutando contra obsoletos T-34 -85 (por exemplo, na Batalha de Abu-Ageila). Ambos também foram empregados em 1973 Guerra do Yom Kippur ao lado e contra os tanques muito mais modernos. No combate contra os exércitos árabes, o M-51 mostrou-se capaz de lutar mais recentes tanques, mais pesados, como  T-54/55 / T-62.  O M-51 serviu bem durante o seu tempo, e é considerado como um excelente exemplo de como um tanque obsoleto (o Sherman) pode ser atualizado para além dos limites das suas capacidades originais.





Colunas de M-51, durante a Batalha de Abu-Ageila, durante a Guerra dos Seis Dias

 

Tudo tem um começo e um fim.

Os M-50 foram aposentados por 1972.  Durante a Guerra Civil Libanesa, um total de 75 M-51s foram dadas as milícias cristãs libanesas. Cerca de 100 dos tanques restantes deste modelo foram vendidos para o Chile no final dos anos 70 e usados até 1989. Os poucos M-51s que Israel reteve foram convertidos em veículos de engenharia e artilharia autopropulsada.

Variantes e insígnias chilenas para o M-51 Super Sherman

Tudo dito, chegamos a conclusão que, diferente do que sempre temos em mente quanto nos referimos ao M4 Sherman, o Super Sherman foi uma das variantes mais importantes desse lendário blindado americano. E com isso ficamos por aqui com mais um Zoeira na História. Quem sabe que próximo veículo vamos esmiuçar? Nem SerB deve saber!


Qapla'

#alegetbrz