19 de outubro de 2017

IS-2 e o Início da Era Stalin.

União Soviética - 1943



A medida que os engenheiros Alemães e Soviéticos avançavam na corrida armamentista, o lado Soviético tinha conhecimento de que algo grande estava sendo feito pelos engenheiros Alemães, além do avanço do Phanter e do Tiger II.
Com tudo isso os engenheiros Soviéticos se viram forçados a acelerar o projeto do IS-2, assim que seu canhão de 122mm ficou pronto para uso, pulando várias etapas de testes, Stalin exigiu que o IS-2 fosse logo posto em funcionamento, acarretando em vários problemas futuro. Um desses problemas seria o tempo de carregamento de seu canhão que usava munição naval ( projétil + carga de pólvora separados ).
Vou tentar explicar a história desse veículo de forma resumida e direta que se estendeu até meados dos anos de 1980.

1 - Predecessores:

IS-1 / IS-100


O IS-1 uma melhoria, usando o chassi do KV-13 com a torre do KV-85 e possuía 03 tripulantes com o canhão D5-T 85mm, o mesmo do T-34/85 e entrou em serviço 1943/1944. O IS-1 possuía uma blindagem melhor que seus antecessores mas com péssima mobilidade, mas sua torre possibilitou testes com uma canhão maior e, em Dez. de 1943, foram realizados teste com o BS-3 de 100mm ( o mesmo canhão da  SU-100 ). Com isso mais dois protótipos foram feitos: O IS-100 e do IS-122 (A19 122mm), embora o IS-100 tenha apresentado bom resultados nos teste, o IS-122 se mostrou melhor numa visão geral, cancelando o projeto do IS-100.

KV-13 Vista Frontal.


IS-122


A escolha do canhão de 122mm não foi atoa, tento em vista o resultado da batalha em Krusk, essas armas (122mm e o 152mm) se mostraram mais eficientes contra os Tigers, Phanters e Elefants que as de 85mm.
Usando o canhão de campo A19 modelo 1937, adaptado para uso em blindado, possuía um freio de boca único com mecanismo de recuo e elevação, gatilho M-30. Teste feitos em Outubro/Novembro de 1943, com um Phanter capturado, usando o A19 e o BS-3. O A19 teve melhores resultados, uma curiosidade que nos teste do A19 teve um que incidente quase matou o Marechal Voroshilov, obrigando uma mudança nesse canhão, foi retirado o freio de boca de camará única e passou a usar o de camará dupla ( a mesma usada nos canhões Alemãs ). Outras modificações do original trouxeram  outras desvantagens por exemplo: Só podia dispara de 02 à 03 projéteis por minuto e a limitação para apenas 27 cargas de projéteis dentro do veículo. Com tudo isso o canhão se mostrou muito eficaz a 500 mts do alvo, cerca de 107 modelos foram entregues em Dez. de 1943 até Fev. de 1944.

IS-122 Prot. A19 Gun 1937
( Ferio de Boca de Câmara Única)



2 - IS-2 Mod. 1943


As primeiras versões dos IS-2s foram equipadas com o A19 122mm e a produção começou em Nov. de 1943 em Chelynbisk. Nessas versões incluíam o canhão de 122mm, lançadores de granadas de fumaças ou incendiárias e a cúpula do comandante com giro de 360º com uma metralhadora AA 0.50.
A blindagem frontal era de 120mm com uma inclinação de 30º e 60mm com uma inclinação de 72º, graças a isso o Low-Glass poderia aguentar um tiro direto de 88mm (+/- 1000 mts).
Equipado com um motor a diesel V2-IC, basicamente o mesmo do KV-1, com algumas modificações. Já possuía o equivalente dos modernos Motores de Arranque, que podia acionar o motor principal de dentro do veículo. A torre era equipada com um eletro-ventilador para circulação de ar e para a eliminação dos gases originados da utilização do canhão, um aquecimento para a tripulação no inverno e unidades de aquecimento para a transmissão para as baixas temperaturas do extremo inverno. A esteira é a mesma usada no KV-85, com 06 rodas de 550mm duplas sustentadas por braços de torção robustos, o IS-2 possuía 8 machas (frente) 02 marchas (pra trás), sendo que a segunda marcha ré só tinha em teoria, ela nunca foi usada nem mesmo em testes.

IS-2 Mod 1943, 88º Reg - Berlim 1945



3 - IS-2 Mod. 1944


Em 1944 um novo modelo de canhão foi equipado no IS-2, D-25T 122mm, disparava um projétil à uma velocidade de 880-790 mts/seg e penetrava 140mm de blindagem a 500 mts. E uma redução no tempo de recarregamento (culatra semi-automática). Foram resolvidos alguns problemas em relação ao modelo de 1943, por exemplo, o problema quando era atingindo pela frente soltava lascas de metais que poderiam ferir mortalmente a tripulação. Os IS-2s foram construídos atá Maio de 1945, quando o IS-3 começou a ser produzido.

IS-2 Mod 1944 - Prússia Oriental - Fevereiro de 1945.



IS-2 Mod 1944 - 7º Batalhão de Tanques Pesados, Berlim 1945. Este tanque "432", recebeu o nome de "Namorada da Guerra" e lutou nas ruas a sudoeste de Berlim e pertenceu ao 8º Exército Vermelho.



A Produção


Cerca de 2.252 unidade foram produzidas durante o ano de 1944 e 50% eram IS-2 Mod. 1944. E logo após seu lançamento e utilização em combate, já chegaram vários relatos de reclamações de suas tripulações em relação a quantidade limitada de munição que ele podia levar e do baixo poder de penetração do projétil BR-471, ele não conseguia penetra a placa frontal do Phanter à 700 mts, somente RP-471 HE, conseguiria. A sorte tenderia pro lado Soviético, pois o aço usado nos novos Phanters eram de baixa qualidade (aço-carbono), diferente do aço com manganês que estava escasso naquela fase da Guerra (o aço-carbono tinha menos resistência que o aço misturado com o manganês).  
O IS-2 chega ao final de 1945 com 3.854 unidades produzidas.



4 - IS-2M


Paralela a produção principal do IS-2, um outro modelo foi feito no verão de 1944, Foi uma mudança radial em relação ao modelo normal. A transmissão e a caixa de munição foram deslocados para parte de trás, o motor veio pro centro do veículo dentre outras modificações para a tripulação. O Chassi foi modificado e rodas de rolagem maiores (sem o revestimento de borracha), no mesmo momento modelos do IS-3, IS-4 e IS-5 já haviam sidos produzidos e apresentavam vários problemas de projeto e o IS-2, que já havia provado seu valor em batalha, garantia assim o seu lugar na História, e sofreu várias modificações durante o pós-guerra (1954 até 1957). Dentre outros ganhou um sistema de controle de fogo melhorado, aumentou o alcance de tiro do canhão de 122mm, novo visor para o motorista com sistema de visão noturna, um novo motor (B-54K-IS), um motor elétrico de partida (moderno), sistemas novos de lubrificação e refrigeração, aquecedor de injeção de combustível e muito mais. Ficou oficialmente conhecido como "IS-2M" Atualizado.

IS-2M  - Versão modernizada de 1957.


5 - IS-2 em Ação



Taticamente, os IS-2s foram produzidos para atuar como unidades (Batalhões) de apoio, onde houvesse um combate forte eles seriam deslocados até a área para ajudar. Ficaram conhecidos pelo seu poder de destruir os Phanters e os Tigers com sua poderosa munição HE. Uma brigada possuía três batalhões 65 IS-2s cada. A primeira ação em combate do IS-2 foi em Fevereiro de 1944 em Korsun Chevchenkovski, Ucrânia, onde 10 unidades de IS-2s do 72º Reg. teriam destruídos 41 Tigers e Ferdinands, mostrando a eficiência da placa frontal que não era penetrada pelos 88mm.
Tem uma curiosa história de um IS-2 danificado e capturado, e exanimado pelo próprio General Alemão Guderian: "Os Stalin (IS-2), valiam o seu nome. Nunca se envolva numa briga com um Stalin sem ter uma superioridade numérica. Eu acredito que para cada Stalin devemos ter um pelotão inteiro de Tigers. Qualquer tentativa de um Tiger abater um Stalin, resulta na perda de uma máquina de guerra."
Com isso os Alemãs criaram novas táticas para combater os IS-2s, indo em grande número, tentar atacar os flancos e atirar a queima roupa.
No verão de 1944, muitos IS-2s foram usados na Operação Bagration (Ofensiva da Bielorrussa), onde abateram: Panzer VI Ausf B (Tiger II), Phanters e um Jagdtiger.
O 71º Regimento, com 11 IS-2s, abateram 14 Tiger II e tiveram 03 IS-2 abatidos e 07 danificados.
Com tudo isso a taxa de tiro do D-25T, ainda era alta, de 20 a 30 segundos pra carregar, nesse espaço de tempo um Phanter podia dar (6-7) tiros.
OS IS-2 também tiveram que lidar com derrotas: A Frente de Leningrado, nos Bálticos, na Lituânia e na Letônia e em Tallian onde o 36º Regimento perdeu 03 tanques e o resto quebrou devido as más condições do terro que não favorecia ao tanque pesado.
Após algumas derrotas do 78º e 81º Reg. no começo de 1945, o 80º Reg. conseguiu uma vitória importante em cima do poderoso 9º Exército Alemão, destruindo 19 tanques pesados e vários SPGs, posições e fortificações Alemãs.

Operação Bagration (Libertação da Bielorrussa) - 1944. 
Jornal Russo divulgando o sucesso da Ofensiva.



Em Berlim, muitos dos prédios foram destruídos pelos HEs dos IS-2.
As unidades de invasão consistia em: 7ª Guarda (104º, 105º e o 106º Reg. de tanques), a 11ª Brigada de tanques pesados(334º 351º 396º Regimentos), a 1ª Guarda de Tanques (394º Reg., 362º e o 399º), a 2ª Guarda de Tanques (347º Reg.) e muitas outras. Cada uma delas com pelo menos 05 IS-2s juntos com uma infantaria de assalto (entre eles Snipers e lançadores de chamas). A Operação inteira durou até Maio de 1945, com 67 IS-2 destruídos, principalmente pelos panzerfausts.

Berlim

Berlim


O Pós-Guerra


O IS-2M ficou como padrão para todos os IS-2s restantes no final da Guerra e com isso o IS-2 ficou na linha de frente do Exército Soviético por mais 15 anos. E sua última atualização, que foi de 1954 até 1958. Em 1959, alguns IS-2M tiveram lançadores móveis de mísseis táticos, não deram certo e dentro outras.
Os IS-2M tiveram participação na crise de fronteira entre a União Soviética e a China (crise sino-soviética) e outros tiveram o fim como "Bunkers" de defesa ( uso da torre e canhão como posição de defesa ). Os últimos IS-2M saíram de serviço em 1982, após a grande "Operação de Odessa". A partir de 1995 os IS-2M armazenados foram vendidos como sucata, atualmente exista apenas uns 100 deles espalhados pelos museus do Mundo.
O mais longe que um IS-2M foi, em 1960, Cuba havia recebido um carregamento desses veículos, mas logo não se pode utiliza-los devido ao embargo comercial que os EUA impôs a Cuba na crise de 1962, bloqueando todas as rotas comerciais, impedindo o envio das peças de reposição.

IS-2M Capturado pela China, Pequim - 1954.


IS-2sh


Na onda do IS-2M, o engenheiro Nikolai Fedorovich Shashmurin, projetista de tanques, elaborou um projeto de uma possível variação do IS-2. Nome oficial IS-2sh (sh = Shashmurin) ou simplesmente o IS-2 de Shashmurin. O IS-2 foi totalmente redesenhado e sua torre veio pra parte de trás do veículo com o canhão de 122mm, a blindagem frontal com maior angulação e motor colocado no meio do tanque, existiu apenas um desenho com a idéia do engenheiro.

IS-2sh Concept.


FOTOS:


















IS-2M - República Tcheca - 1945.


IS-2M - Berlim - Maio de 1945.




IS-2 ao lado um T-34.



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Glaucio é editor/administrador da FanPage Regimento de Blindados Osório e o colaborador do Zoeira de Guerra. 

4 de abril de 2016

Zoeira na História: A Vodka Russa


Na primeira década após o fim da Segunda Guerra, a União Soviética se viu num problema quanto a sua produção de blindados. Os Aliados haviam produzidos protótipos de veículos relativamente leves e com poder de fogo (Ex.: Leopard 1). E os soviéticos não queriam ficar de fora, pois na época só produziram veículos pesados (Ex.: IS-2, IS-3, IS-4, IS-7, etc ).

Assim surge uma nova linha de veículos leves, fortemente blindados e com poder de fogo, que mais tarde dariam surgimento para que hoje chamamos de MBT (Main Battle Tank), isso eu falo em outra ocasião.




O primeiro protótipo do T-54 saiu por volta de 1945, pouco antes de terminar a Guerra, e sua produção começou em 1947. Logo o T-54 se tornou o veículo principal da União Soviética e dos países que faziam parte do Pacto de Varsóvia. Estando presente em diversos conflitos do Século XX e foi o veículo mais produzido da História, tento 60.000 a 85.000 unidades produzidas. Até hoje variações dos T-54/55 são usadas em países da África e do Oriente Médio.

Uma curiosidade, os veículos Soviéticos, nunca enfrentaram diretamente os da OTAN, sua primeira aparição por volta de 1950 obrigou a Reino Unido a desenvolver um novo canhão, o Royar Orange L7, e os EUA a desenvolver um novo veículo o M60 Patton. E a treta estava armada, começava assim a corrida de quem produziria o melhor veículo da Guerra Fria.


Por dentro do 54/55

Em muitos aspectos o T-54 é parecido com o T-55, dificultando sua diferenciação. O T-54 tem uma pequena ventilação em sua torre que ajuda diferenciar do T-55, que não possuí. Muitos dos T-54S foram utilizados para ser tornarem os primeiros T-55, por isso se diz T-54/55. 

As diferenças entre os dois veículos são muito poucas, diferenciando apenas poucos detalhes como um motor melhor, uma blindagem mais espessas e etc. Na verdade o T-55 é original do T-54 apenas feito por outra equipe em um ligar diferente do território da antiga URSS.



Produção em série

A produção do T-54-1, ou como preferir T-54 mod 1, foi bem lenta, apenas 1.490 T-44 foram modificados para a versão nova. Após alguns problemas de qualidade quanto a torre, uma nova versão foi projetada com uma nova torre inspirada no IS-3, o T-54-2 entrando em produção em 1949. Em 1950, 423 unidades haviam sido produzidas na fábrica Stalin Ural Tank Factory sobre o número 183, ficando em produção até 1952 quando foi substituído pelo T-54A (1955 - 1957) logo depois T-54B (1957 - 1969). O T-55 foi produzido entre 1958-1962, houve ate uma versão lança-chamas do T-55 produzida até 1962, o TO-55 (Object 482). Durante este período foram feitas mais de 35.000 unidades do T-54 e suas variantes. Muitos historiadores consideram os dois veículos lados opostos da mesma moeda.

T-54 mod 1 - 1945



Torre do T-44 usada no T-54 mod 1 de 1945


T-55, Primeiros modelos não possuíam metralhadora antiaérea

Custo x Benefício

O T-54/55 são relativamente simples de se manusear e  sua mecânica simples, não requer nível elevado de conhecimento de seus tripulantes. É um veículo pequeno, em comparação aos seus rivais da época e leve dando-lhe mobilidade elevada e seu transporte ate o campo de batalha é simples. E batia de frente com seus rivais da época o M48 Patton e o Centurion ambos da OTAN, até então possuía canhão mais forte que seus rivais o D-10T de 100mm. Após essa constatação forçou a Atualização dos veículos do Ocidente, criando o M60 Patton e a mudança do canhão da OTAN para o Orange L7 de 105mm, contudo a URSS passou usar munição HEAT em seus canhão D-10T.

O T-54/55 tinha suas desvantagens, dentre elas a mais inconveniente era devido seu tamanho reduzido, diminuindo drasticamente seu espaço interno limitando o movimento de seus tripulantes. Por possuir um perfil baixo limitava a depressão de seu canhão que era de apenas -5º e sua caixa de munição não possuía blindagem aumentando o risco de incêndio após uma penetração de algum projétil. O T-54 não possuía proteção NBC, que seria o equivalente de hoje para proteção contra ataque nuclear biológico e químico que os veículos tem para seus tripulantes, esse erro foi corrigido no T-55.



Histórico de Serviço

O T-54/55 participou de diversos conflitos pelo Mundo durante o século XX, os mais importantes foram: Em 1956, durante a invasão da Hungria, foi nesse episódio que alguns foram capturados pelos britânicos; Em 1967, Guerra dos 6 dias; em 1973 na Guerra de Yom Kippur; Guerra do Vietnam e em diversos conflitos na África. E mais recentemente no Primeiro Conflito do Iraque.


T-54 mod 1951 - Norte-Vietnamita


Operadores

O T-54/55 foi largamente usado em mais de 50 países e posteriormente o T-55, países como a Síria, Egito, Mongólia, Sérvia, Irã, Croácia usaram largamente o T-55.


Vermelho: Países que operaram com o T-55.
Azul: Países que ainda operam com o T-55.



A China tinha o direito de produzir veículos Soviéticos e produziu alguns veículos derivados do T-55, como o Type 59 e o Type 62, este último uma versão light do T-55.


Type 59



Type 62


Galeria de Fotos T-54/55:


T-54 Mod 1 - 1945


T-54 Coreia do Norte


T-54M, último modelo produzido de 1951


T-55 Polonês


T-55, Primavera de Praga, 1958


T-55 mod 1958



T-55 Líbano - Agosto de 2014



T-55 ISIS - Síria 2014





Type 69 - Veículo Chines leve baseado no T-55.






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28 de março de 2016

Zoeira na História: A Mão e o Martelo de Thor.




Após apresentá-los ao famigerado T28 Super Heavy Tank, temos agora o Fat Family dos tanques pesados americanos, os Heavy Tanks da Série T: T29, T30 e o T34.


Introdução


Por volta de 1944, o Exército Americano, precisa de uma linha de nova de tanques pesados para enfrentarem os novos tanques pesados Nazista, nessa época o tanque médio em serviço era o T26E3, conhecido como M26 Pershing, era o que se tinha de mais pesado com cerca de 45 toneladas, não tinha blindagem e nem poder de fogo suficiente para enfrentar o Tiger II, que passava das 70 toneladas. No entanto quando o projeto do T29 tomou forma e tamanha a Guerra na Europa já havia terminado, mas seu projeto abriram novos caminhos para os engenheiros do pós-guerra em novas possibilidades. 

T29




Esse primeiro modelo de tanque pesado foi baseado no chassi do T26E3, aumentando seu comprimento e com uma blindagem mais espessa, possuía um motor da Ford de 650 hp proporcionando uma velocidade de 35 km/h. Tinha uma blindagem frontal de 279 mm e um canhão 105 mm, o projeto do T30 rolou paralelo ao do T29, mas vou falar mais adiante dele.
Na sua torre ele possuía lentes binoculares (coincidence rangefinder), uma de cada lado da torre, dando um aspecto de torre de navio, isso mesmo aquelas caixas de cada lado da torre tinham função!



T30



Não importa o que ouça, o T30 é um tanque pesado, e não um caça-tanque. Assim como o T29, o T30 foi desenvolvido para combater o Tiger I, Tiger II e o Jagdtiger, assim como os equivalentes soviéticos IS-1 e o IS-2.
O projeto do T30 correu paralelo ao do T29, só que com uma canhão de 155 mm L 40 / T7E1 de alma raiada, seu projeto foi iniciado em Abril de 1944 e entregue em 1947, uma observação: o T30 foi equipado com o maior canhão já colocado em um blindado americano a torre foi modificada para acomodar o mesmo. O T30 teve duas variações T30E1, com um sistema automático de carregamento e uma escotinha foi adicionada na torre para ejeção do cartucho, infelizmente esse sistema aumentava muito sua taxa de incêndio para a cada dois disparos e o T30E2 (sem informações dessa variante).




T34



Carece um pouco de informação sobre esse blindado, mas ele é uma variante direta do T29, na verdade o modelo produzido é um T29 adaptado para acomodar um canhão antiaéreo de 120 mm, isso mesmo o T34 tem um canhão antiaéreo (T53 120mm) com uma taxa de tiro de 5 disparos por minuto. Os estudos e projetos do T34 serviram de base para a construção do M103 Heavy na década de 1960.





Galeria de fotos:



T29 - Em teste.














T29 no Museu Patton













T30 - Teste em Maio de 1948














T30

















T34 em testes











T34




















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